Um Chefe do Departamento de Contabilidade da FEA-USP, fez um discurso que vale a pena pensar por uns instantes.
É uma lição sobre como pensar corretamente.
"A chance do nosso egresso retribuir o que recebeu é grande porque as disciplinas ligadas às profissões da FEA estão sendo cada vez mais procuradas pela nossa sociedade.", explicou o professor.
Esta frase está certa ou está errada?
Pense, antes de continuar.
O que a imprensa não está discutindo é porque Dom Odilo, um favorito, não conseguiu se eleger.
Dom Odilo era um favorito para ser o próximo papa. Vem do país mais católico do mundo, com o maior número de fiéis.
Vem de um país onde o catolicismo não está impregnado com acusações de pedofilia, onde praticamos um catolicismo mais moderno, sem o exagero italiano, espanhol e português, meio avacalhado com relação a sexo, no que, vamos ser francos, é um benefício.
Um catolicismo mais alegre, fraterno, que seria um exemplo para o mundo.
Dom Odilo era 12 anos mais jovem do que o papa escolhido, com a energia que precisávamos.
Por que Dom Odilo falhou, decepcionando a nação brasileira?
O que ele não fez?
O que os Cardeais Brasileiros aprenderam desta derrota, para não se repetir?
Assistam esta entrevista com Dom Odilo, e vocês vão descobrir.
Faltou novamente um curso básico de liderança.
No vídeo ele declara textualmente que não acha que o Papa precisa ser um líder. "É um conjunto não somente uma pessoa".
Veja a Entrevista
Sequer aproveita a deixa de um jornalista para dizer porque está preparado, sim, para ser Papa, de forma elegante.
Responde a pergunta, hoje no Estadão, "Existe uma tendência maior à reforma da Igreja?"
Scherer: "Eu não entendo que tipo de reforma deveria ser feita."
Pelo amor de Deus, Scherer, desculpe a blasfêmia.
Scherer possuía somente 32.000 seguidores no Tweeter, e seus Tweets estão longe de mostrar um líder. Veja este exemplo.
No domingo pela manhã: Dá pra jogar bola na Av. Tiramentos! Mas vamos à missa primeiro.
Líderes não dão ordens, líderes motivam.
Mostram que ir a missa é muito mais divertido do que jogar bola, em vez de dizer que jogar bola é mais divertido, mas antes você precisa ir para à missa.
Scherer, por falhas de educação, permitiu um Cardeal bem mais velho, de um país que há 100 anos está em decadência econômica, quando sabemos que liderança na religião tem tudo a ver com progresso econômico.
Max Weber, em "Capitalismo e a Ética Protestante", deixou isto bem claro, e a decadência argentina tem sim raízes na sua religião e na liderança de Francisco I.
Nosso novo Papa.
P.S.Honestamente, para o bem do catolicismo brasileiro, se Dom Scherer não fizer um curso de liderança rapidamente, é mais um que deveria renunciar.
Muitas religiões condenam atitudes como a cobiça, a inveja, a idolatria, adultério e roubo.
Curiosamente, somente as religiões orientais condenam a ignorância como um mal a ser extirpado.
Naquela época, ignorância não significava desconhecer Kant, Platão ou Aristóteles ou os livros clássicos.
Ignorante era aquele que não sabia cuidar de si.
Era aquele que não aprendia com suas próprias experiências, que não aprendia com seus erros.
Hoje, ignorante é aquele que não aprende o que nossos intelectuais escrevem.
Mas as religiões orientais dão ênfase ao auto conhecimento e à integração dos sentidos com a realidade.
Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí “regras
da casa (lar).”
Administração é o conjunto de normas e funções cujo objetivo é disciplinar os elementos de produção e submeter a produtividade a um controle de qualidade para a obtenção de um resultado eficaz.
Eles são uma ciência, mas administração é simplesmente um conjunto de normas disciplinadoras?
Eu só coloco isto para os meus leitores leigos, para mostrar quem anda falando mal e ridicularizando administradores há muito tempo.
O filme
Django tem uma cena lamentável.
Leonardo DiCaprio afirma que "Negros se mantiveram escravos porque possuíam o gene da submissão".
Não entendo como Leonardo DiCaprio aceitou fazer esta fala, a não ser que acreditasse parcialmente nela.
Leonardo pergunta para Django:
"Por que vocês, negros, nunca tentaram nos matar todos estes anos? Oportunidades não faltaram."
A caveira é do Ben, negro que fez a barba do seu pai por 30 anos, e poderia tranquilamente ter cortado a sua garganta com a navalha, mas nunca o fez.
Aí, vem a chocante explicação:
"É porque vocês negros tem uma parte do cérebro, cientificamente comprovado pela Frenologia, que mostra que vocês têm o instinto da submissão."
Na mosca. Em 1995 dei a seguinte entrevista.
Seria ótimo para a economia que cada setor econômico tivesse um representante com o dinamismo do Banco Garantia.
Como fala Stephen Kanitz, se no século 20 o modelo foi o Grupo Votorantim, o modelo do século 21 é o Garantia.
Nada como bons administradores, pena que o Brasil os expulsou.
Pegando o embalo do Papa, quem mais está ficando velho, sem condições de cumprir os desafios de uma administração moderna, e deveria renunciar seu cargo?
Não vale responder sem dar uma razão aceitável. Sugerir "Dilma" só por que você não votou nela, não vale.
Como exemplo, aqui vai o meu candidato e a razão.
Meu candidato é José Serra
Serra faz parte da Geração dos Veteranos, os que nasceram durante ou antes da Segunda Guerra.
Prezam segurança, são da Paz, querem a harmonia entre os povos.
Depois deles, vieram os da Geração do Pós Guerra, A Geração X, a Geração Y, e logo teremos a Geração Pós Milênio, com 13 anos e logo desabrochando por aí.
Em Administração, Serra teria ido para o Conselho há muito tempo.
Mesmo assim, José Serra e sua geração ficarão conosco ainda por mais 30 anos.
Junto com Ulisses Guimarães, FHC e outros, foram os criadores desta desastrosa Constituição que temos, que enfatiza a segurança, a Paz e a harmonia.
Mas o que a nova geração quer é oportunidades, infraestrutura, empreendedorismo, inclusive do Estado, mas este é um outro assunto.
Meu candidato é esse, e o seu qual é?
Renúncia não é um evento inusitado. É coisa normal.
Anormal foram os 600 anos nos quais Papas não renunciavam quando ficavam inoperantes e gagás.
O que nos afeta hoje são os líderes brasileiros que não renunciam, apesar de estarem anos no poder.
Um verdadeiro líder precisa de menos de 5 anos para implantar as suas ideias pelas quais foi eleito, não 30.
Trinta anos no poder, como muitos de nossos líderes empresariais, sindicais, e educacionais atrapalha a geração de novas ideias e o progresso da classe.
Poderia citar mais 50 casos como este, mas não posso me indispor com gente que eu conheço.
Gente bem intencionada, ávida por mudanças no início, ávida por poder no final.
O melhor editorial da semana foi "O desmonte da Petrobrás", do Estado de São Paulo de quarta feira.
Falta capital, a produção de petróleo caiu, passamos a importar petróleo novamente, um desastre.
E termina com: "O passo mais importante deve ser a consolidação de um novo estilo administrativo, moldado segundo objetivos de uma empresa de energia."
Finalmente, alguém percebe que o problema da Petrobrás é de estilo administrativo.
Qual era o velho estilo administrativo? E quem foi que o implantou?
Não foi Dilma, e sim FHC.
Como alertei ano passado em A Lenta Destruição da Petrobrás, muito antes do desmonte acontecer.
Segundo a Revista Piauí, "Landim da Petrobrás foi sucedido por um presidente que não sabia nada do ramo." "Eu não entendia xongas de petróleo", disse o próprio, na sala de seu escritório.